Professor Walter relata em artigo as observações sobre o "Jequitibá do Honório"

sexta-feira, 13 de abril de 2012

JEQUITIBÁ
Walter Mendes Monteiro[1]

 
            Jequitibá é uma palavra de origem aborígine que significa árvore de tronco duro e reto.
            Jequitibá é uma árvore da família das lecitidáceeas. As duas espécies mais conhecidas são: jequitibá rosa (Carinina estrellensis) e o jequitibá branco (Cariniana legalis).
            O jequitibá destaca-se das demais árvores da Mata Atlântica em razão da grossura do seu tronco e da altura de sua copa. A madeira do jequitibá rosa era a mais empregada para fazer: tábuas para assoalho de casas de madeira, portas, janelas, caixas (baús), mesas, cadeiras, etc.
            Conta-se a lenda que o cachimbo do saci pererê que vivia na Mata Atlântica era feito da cápsula que protegia os frutos. Por este fato seguindo as pegadas do saci pererê os (as) nossos (as) caboclos (as), no passado, utilizavam as cápsulas para fazer cachimbos.                            
                                           
            Nas matas do Vale do Rio José Pedro haviam, no passado não muito distante, vários e grandes jequitibás. Por causa da devastação da Mata Atlântica e o abuso da retirada dos jequitibás pelas serrarias da região é raro achar uma árvore desta espécie.

O JEQUITIBÁ DE CONCEIÇÃO DE IPANEMA

            Próximo à cidade de Conceição de Ipanema - MG, abaixo da foz do Córrego Conceição, afluente da margem direita do Rio José Pedro, nas capoeiras da propriedade dos herdeiros do Senhor Honório Moulaz existe um exemplar raro e solitário de jequitibá que resistiu e sobreviveu a sanha destruidora das espécies da secular da floresta nativa. Deve ser um dos últimos jequitibás de todo o Vale do Rio José Pedro.

EDUCAÇÃO E ECOLOGIA

            A comunidade escolar da Escola Municipal “Prof.ª Neuza Rodrigues Nantes” – Nucleada, dentro do desen-volvimento do Projeto: “Abraçando o Rio José Pedro”, no dia 12 de abril, educandos, Educadores e o Secretário de Educação, visitaram a capoeira e o jequitibá da propriedade dos herdeiros do Senhor Honório Moulaz. Percorreram um trecho da reserva, com suas matas ciliares, na margem direita do Rio José Pedro. Nesta visita um grupo de educando abraçaram de fato o jequitibá. O abraço foi feito por nove alunos. Mediu-se o tronco, a uma altura de 1,50m do chão, constatando que a árvore tem uma dimensão de 7,54m de circunferência, isto é, o seu diâmetro, aproximado, é: 2,40 m
[7,54 ¸3,14 (p) = 2,40], segundo o Senhor Eduardo Eurípides a altura da árvore é de 59m. Foram medidas a altura em-pregando noções de trigonometrias.


Preservar o jequitibá da propriedade dos herdeiros do Senhor Honório Moulaz é dever de
todos habitantes de Conceição de Ipanema – MG e, também, do Vale do Rio José Pedro.
 

Referências Bibliográficas:
Ø Capppele, José Cerqueira (Irmão José Gregório – Marista), Contribuição Indígena ao Brasil. União Brasi-leira de Educação e Ensino. Belo Horizonte – MG, sem data.
Ø Ferreira, Aurélio Buarque de Holanda. Novo Dicionário Aurélio da Língua Portuguesa. Editora Positivo. Curitiba – PR, 2009.


[1] -Educador da EM”Prof.ª Neuza Rodrigues Nantes” - Nucleada – Conceição de Ipanema – MG

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